19.1.09

Tens mãos de vento.

Pousam sobre as minhas como sopros
em remoinhos vagarosos,
ora frescos que libertam,
ora quentes que aconchegam.

São brisas de seda,
leves demais para serem mãos de gente.

Aprendi a guarda-las nas minhas, aprendi a tê-las para mim,
como quem guarda sonhos em caixas de fósforos,
como quem guarda pássaros nas laranjeiras dum jardim.


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