São estas as tardes que me fazem pena, as que me deixam fechado, a ver passar as horas, num equilíbrio precário com as exigências mesquinhas da consciência. Não consigo estar sentado, abro a janela dez vezes a cada meia hora, talvez mais até, como se o ar da rua fosse o tabaco de outros dias, mais severos e frios, de outro tempo, mais confuso. Ao almoço, só para adiar a tarde, comi demais e sem pressa, nada que enganasse a velha senhora, que acabou por me obrigar a ignorar o café, Para equilibrar, grita-me ela do fundo da nuca.
Acabei a assar maçãs, numa de provar que ninguém manda em mim. Agora que galopamos loucos para o início do fim do primeiro dia da semana, escrever é uma liberdade que eu proibi, o que faz de mim um opositor ao regime, uma ameaça para mim mesmo. Estamos bonitos.
Acabei a assar maçãs, numa de provar que ninguém manda em mim. Agora que galopamos loucos para o início do fim do primeiro dia da semana, escrever é uma liberdade que eu proibi, o que faz de mim um opositor ao regime, uma ameaça para mim mesmo. Estamos bonitos.
Da última vez foi um doce estranho que envolvia grão. Ao menos a qualidade do pitéu melhora.
ResponderExcluir